Dago Woehl presidente da SEC-CORPRERI fala sobre a cheia do Rio Iguaçu.

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Dago Woehl presidente da SEC-CORPRERI fala sobre a cheia do Rio Iguaçu.

A região de União da Vitória recebe água da chuva de toda a cabeceira do Rio Iguaçu, que equivale a 12% da área do estado do Paraná. Esse trecho do rio Iguaçu também tem características únicas que agravam a cheia. Em geral o Iguaçu demora para baixar como acontece atualmente. Em 72 horas o rio Iguaçu baixou pouco mais de 24 cm (entre quarta-feira, 08 até sexta-feira,10).

Como as margens são planas a água vai longe e fica acumulada por muito tempo. Descendo o leito no trecho entre União da Vitória e Porto Vitória, o rio faz muitas curvas e as corredeiras dificultam a passagem da água que vai se acumulando na região e piorando as inundações.

Ao entrar na área do município de Porto Vitória, o Iguaçu tem uma capacidade menor de escoamento. Neste trecho o rio também enfrenta uma elevação no terreno que dificulta ainda mais a passagem da água. Essa elevação é chamada de platô de Basalto, uma barragem natural de rocha que interfere no fluxo.

Seguindo rio abaixo a 100 km de distância encontram-se o reservatório da usina governador Bento Munhoz da Rocha Netto, também conhecida como Foz do Areia. É a maior usina do rio Iguaçu, correspondendo a 30% do armazenamento de energia da região sul. Mesmo com toda essa grandiosidade e a função de acumular a água para geração de energia elétrica o reservatório de Foz do Areia é operado de forma a não agravar as cheias na região de União da Vitória segundo a Copel.

União da Vitória conta há décadas com o apoio da Comissão Regional Permanente de Prevenção contra Enchentes do Rio Iguaçu (SEC-CORPRERI).

Seu presidente, historiador e fundador, Dago Woehl, em conversa recente com a reportagem da rádio Educadora Uniguaçu e Portal da Cidade, durante as gravações para o especial “40 anos da enchente de 1983”, destacou alguns apontamentos importantes relacionados às cheias do Iguaçu em União da Vitória.

 

 

Ele e a secretária da SEC-CORPRERI Joana Przysiezny estiveram na rádio Educadora Uniguaçu no mês de julho e falaram sobre as conquistas da Corpreri, destacando o monitoramento hidrológico da Copel, que é tão importante nos dias atuais no que se refere às cheias.

“Os 24.200km² do Rio Iguaçu para cima de União da Vitória, são de terreno plano, margens baixas, com capacidade de armazenar um estoque fantástico de água. Isto pode ser visto quando se passa pela reta de São Mateus! Dos dois lados a área plana inundada dá uma ideia do estoque de água que fica na bacia. dependendo do nível da cheia, da água armazenada em cada canto da bacia mais tempo ela vai levar para passar em União da Vitória” destacou o historiador.

Antes da cheia de 2023 acontecer em União da Vitória, Dago foi questionado sobre as formas de minimizar as cheias do Iguaçu.

Fonte: Portal da Cidade União da Vitória